Empiricus supera os 365 mil assinantes e analise mudança societária

Enquanto o mercado segue esperando pela abertura do capital da XP Investimentos, a Empiricus, empresa brasileira que compartilha relatórios e conteúdos sobre investimentos, também planeja algumas mudanças estruturais de grande relevância. Segundo o que foi divulgado pelo jornal O Globo, os sócios de nacionalidade brasileira da empresa têm interesse de comprar a parcela das ações que foram adquiridas em 2013 pela Agora Inc, sediada nos Estados Unidos.

A EXAME apurou que representantes das duas companhias já estão avaliando a questão mais a fundo e todos os aspectos que envolvem essa possível compra, que impactará diretamente na estrutura societária da Empiricus. A revista EXAME também destacou que, até o momento, não existe indícios de que haverá uma valuation da companhia. Quando questionados, os executivos da empresa preferiram não comentar oficialmente sobre o caso.

A Empiricus foi fundada em 2009, e desde então vem conseguindo um ótimo padrão de crescimento, o qual apresentou índices ainda mais impressionantes ao longo dos últimos cinco anos. Nesse intervalo, o total de clientes da empresa interessados em receber os seus relatórios acerca do mercado de capitais se multiplicou em dez vezes, alcançando a marca de 365 mil assinantes.

Aproximadamente um ano atrás, a Empiricus fechou uma parceria de negócios com a Vitro, gestora que conta em seu quadro de sócios com o executivo Paulo Lemann, filho do bilionário Jorge Paulo Lemann. Em pouquíssimo tempo, o acordo entre ambas as companhias já começou a contribuir para o crescimento da Vitreo, que se expandiu em cerca de 10% ao mês, alcançando o impressionante número de 40 mil clientes. De acordo com a EXAME, apesar das mudanças esperadas dentro da empresa de conteúdos de investimento, essa parceria comercial continuará sendo prestigiada no futuro.

Desde 2019, a Empiricus já vem adotando algumas alterações pontuais, como a mudança nas funções de dois executivos que estão entre os seus sócios-fundadores. Ao tempo em que Felipe Miranda se tornou CIO (Diretor de Investimentos), o mais novo encarregado pelas perspectivas de negócios da empresa, Caio Mesquita retornou ao posto de CEO, que já havia ocupado anos antes.

Pensando em seu futuro, a empresa vem estudando novos planos e metas para continuar se expandindo no mercado nacional, o que inclui adentrar em novas áreas e até mesmo abrir o seu capital, o que está sendo feito recentemente pela XP Investimentos. Antes disso, no entanto, a companhia necessita solucionar um assunto que permanece pendente com a CVM, em relação a um processo administrativo aberto pelo órgão regulador no ano de 2018. Após ter algumas discordâncias com a CVM anteriormente, a empresa modificou sua postura e tem demonstrado um esforço crescente para estreitar sua relação com os reguladores, tanto do meio editorial, como também do mercado de capitais. Para isso, a Empiricus investiu na adoção de um avançado departamento de compliance, anunciando o mesmo como uma forma de assegurar que suas operações cumpram com todas as leis e normas vigentes, uma estratégia de modernização sem igual, quando comparada as demais companhias que atuam nesse mesmo setor.

Guilherme Benchimol, CEO da XP, comentou sobre o revolucionamento das finanças dos brasileiros no programa Explica Ana

Guilherme Benchimol, fundador da XP Investimentos, calculou que se os brasileiros investissem o dinheiro que se encontra em suas respectivas cadernetas de poupanças, hoje, em títulos com rendimento de 100% do CDI, renderia cinco bilhões a mais por ano. O CEO utilizou os dados da poupança do Banco Central e ressaltou que o resgate dos títulos públicos poderia ser realizado a qualquer altura, haja vista não ter a prática de “data de aniversário” aplicada na caderneta.

E para facilitar o acesso das pessoas ao mundo dos investimentos, Guilherme Benchimol fundou a XP, tornando-se umas das maiores empresas de investimentos do país, quase se aproximando de 1 milhão de clientes e R$ 200 bilhões aplicados. Em participação no programa Explica Ana, da especialista em investimentos Ana Laura Magalhães, o executivo explicou um pouco melhor sua trajetória e como tem contribuído para revolucionar o lado financeiro do brasileiro.

Guilherme Benchimol afirmou que o cliente prefere investir no banco em que possui conta, por questão de comodidade. No entanto, o CEO explicou que nem sempre são oferecidas as melhores ofertas e, consequentemente, há perda de dinheiro. E é nesse ponto que ele destacou a importância de investir em shopping de investimentos como a XP, uma vez que o assessor oferece sempre os melhores ativos do mercado, ao contrário do gerente de banco, que apesar de bem-intencionado, não tem a mesma estrutura para investimentos.

Ao ser questionado sobre a criação do Banco XP, Guilherme Benchimol ressaltou que o grupo não está se transformando em banco, mas que é necessário o cliente ter uma conta em banco, tendo em vista que a XP não possibilita serviços bancários, como conta corrente e TED. A ideia é retirar a dependência que o cliente tem com seu banco, com taxas competitivas, senão as mais baratas do mercado, finalizou o executivo.

Com isso, Guilherme Benchimol pretende aumentar e agregar os serviços da XP Investimentos de tal forma que possa melhorar cada vez mais a experiência do cliente, garantindo assim a fidelidade e confiança no grupo, que opera desde 2001, em Porto Alegre, RS, como empresa de agentes autônomos de investimentos.

Investimentos em infraestrutura podem ser decisivos para que, em cinco anos, Mato Grosso possa quase dobrar a produção de soja do Estado, reporta Felipe Montoro Jens

Há cerca de quase três meses a maior empresa de produção de alimentos da China, a Cofco Alimentos, anunciou que, em um período de cinco anos, pretende quase dobrar a compra de soja que é feita do Estado de Mato Grosso (MT). A declaração foi feita em uma reunião entre os diretores da companhia e o governador do MT, Pedro Taques, no início do último mês de novembro, dia 7. Entretanto, isso pode depender de investimentos em infraestrutura, destaca o especialista em Projetos de Infraestrutura, Felipe Montoro Jens.

Atualmente, a China importa cerca de 120 milhões de toneladas de soja. Desse total, 30 milhões é responsabilidade somente da Cofco Alimentos. Felipe Montoro Jens ressalta que, de Mato Grosso, a companhia chinesa compra cerca de quatro milhões de toneladas de soja – contudo, a ideia é ampliar esse número para 7,2 milhões. Para tanto, existe uma reivindicação por parte dos membros da Cofco – que o governo faça mais investimentos em infraestrutura, em especial, conclua a BR-163, uma das principais vias que colabora para o escoamento da produção nacional.

Para o vice-presidente e diretor executivo da Cofco Internacional, Jingtao Chao, o Estado localizado na região Centro-Oeste do Brasil trata-se de um importante local no que se refere à estratégia de crescimento do empreendimento – 13 dos 19 armazéns de produção que a empresa chinesa tem no Brasil estão lá, acentua Felipe Montoro Jens. O especialista em Projetos de Infraestrutura ainda acrescenta que, recentemente, foram adquiridas duas fábricas de óleo de soja em Rondonópolis – município da região Sudeste de Mato Grosso –  com anúncio de aumento da produção.

“Brasil e Mato Grosso são muito importantes na nossa estratégia. Queremos ser parceiros do Estado e quanto mais investirmos mais empregos iremos criar e mais impostos vamos pagar, o que vai beneficiar o Estado”, ponderou Chao.

O especialista Felipe Montoro Jens enfatiza ainda, que, segundo o governador Taques, o objetivo dos produtores é aumentar a produção, mas sempre preservando a qualidade e também com responsabilidade ambiental. Hoje em dia, Mato Grosso produz cerca de 30 milhões de toneladas de soja e esse número pode chegar a 50 milhões em cinco anos – mas, para isso, os investimentos em infraestrutura são indispensáveis. “Essa missão é muito importante para Mato Grosso. Estamos abrindo as portas para novos relacionamentos. A Cofco já mostrou seu interesse por nosso Estado e pode fazer de Mato Grosso o Estado plataforma da empresa no Brasil”, alertou Pedro Taques.

Já para o diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) – uma entidade representativa de classe, sem fins lucrativos – Wellington Andrade, conhecer mais de perto a empresa de alimentos que ocupa posição estratégica no mercado da soja é um aspecto muito positivo, reporta Felipe Montoro Jens.

“Em cinco anos, eles [a Cofco] vão praticamente dobrar a compra de grãos de Mato Grosso. É uma gigante do mercado e quer ter contato direto com os produtores. Além disso, também quer ser parceiro da Aprosoja no projeto Soja Plus, que orienta os produtores no cumprimento de legislação ambiental e trabalhista”, completou Andrade.

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