Rússia pode ser o primeiro país a lançar vacina contra Covi-19 — já em setembro, apontam os cientistas

A Rússia pode ser o primeiro País capaz de dar à população mundial uma solução eficaz contra o novo coronavírus (causador da Covid-19).  As notícias do último dia 12 de julho são de que os pesquisadores concluíram a primeira fase de testes de uma vacina contra a doença. O fármaco apresentou, nessa primeira etapa, resultados satisfatórios nesse sentido de segurança e imunização.

De acordo com o governo russo, se o possível remédio para a Covid-19 seguir dando boas respostas, a produção do antiviral poderia começar já no mês de setembro.

Três fases

A primeira fase de testes começou no dia 18 de junho, e foi realizada com 38 voluntário. A intenção dessa etapa foi verificar se a vacina é segura. Segundo o que afirmou o diretor do Instituto de Parasitologia Médica, Tropical e Doenças Transmitidas por Vetores da Universidade Sechenov, em Moscou, Alexander Lukashev, isso foi feito com sucesso

“A segurança da vacina foi confirmada. Corresponde à segurança das vacinas que estão atualmente no mercado”, afirmou Lukashev.

As informações, no entanto, são de ainda são necessárias uma segunda e uma terceira fase de testes para analisar a eficácia, de fato, da imunização. A próxima está prevista para o final do mês de julho, dia 28; e a última rodada para os dias 14 e 15 de agosto.

A segunda fase é um complemento da primeira — ou seja, os voluntários receberão uma segunda dose da vacina, esclareceu o diretor do Instituto Gamaleya de Pesquisa Científica de Epidemiologia, Alexander Gintsburg.

“Eles já receberam a primeira [dose] e sua imunidade se desenvolveu, os anticorpos se desenvolveram”, enfatizou Gintsburg. Contudo, o cientista explicou que “a experiência com a vacina contra o ebola mostra que, se você se restringir a uma única dose, terá um nível de proteção contra infecção de cinco a seis ou sete meses. Para imunizar por dois anos ou mais será necessária uma segunda dose”.

Alexander Gintsburg acentuou, ainda, que a esperança é de que a vacina seja registrada no início de agosto. Depois disso, e com a permissão do governo, é possível ir para o próximo passo: disponibilizar uma “pequena quantidade” do antiviral para mais pessoas, que ficarão sob supervisão. A estimativa é que essa — que corresponde à terceira parte dos testes — aconteça entre os dias 14 e 15 de agosto.

Então, finalmente — se os resultados continuarem satisfatórios — as empresas estarão autorizadas a começar a produção da vacina já em setembro.