Notícias – Pela primeira vez o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá apoiar uma iniciativa pautada no conceito de Internet das Coisas. O projeto tem o objetivo de testar sensores que auxilia no acompanhamento do oxigênio de pacientes com enfisema pulmonar.
A iniciativa
O projeto está sendo desenvolvido pelo centro de pesquisa CESAR em Recife – PE juntamente com a Startup Salvus. Durante 16 meses, o projeto mede o volume de oxigênio administrado a pacientes portadores de enfisema pulmonar a partir de sensores que levantam informações sobre o volume do gás. Para os testes, participaram pacientes em hospitais ou em cuidados domiciliares.
Com esses dados, os profissionais de saúde podem monitorar o quadro dos pacientes, verificando por exemplo, se há falta ou superdosagem de oxigênio. Pacientes que estejam sob cuidados em domicílio, a ferramenta vai informar quando é necessária a troca dos cilindros de gás.
De acordo com o SUS – Sistema Único de Saúde, a enfisema pulmonar acomete mais de 8,6 pacientes por ano no país, em um total de 118 internações.
O apoio do BNDES
O apoio do banco se deu por meio de um financiamento de projetos-piloto para desenvolver tecnologias em diferentes frentes. O investimento do projeto entre o CESAR e a Startup Salvus deve chegar a cifra dos R$ 2 milhões, dos quais R$ 1 milhão será aportado a fundo perdido.
Após o período de testes, os pesquisadores do banco vão fazer uma avaliação para verificar a eficácia do sistema, sua viabilidade econômica e a possibilidade de fabricar o sistema em larga escala, bem como seu lançamento no mercado.
Internet das Coisas
A “Internet das Coisas” (IoT na sigla em inglês) ganhou grande notoriedade nos últimos anos para definir sistemas em que as pessoas se conectam a computadores e smartphones, mas também para aparelhos que ligam usuários com sistemas complexos em pontos como coleta de dados, processamento e aplicações do cotidiano. O BNDS estuda fomentar outras propostas. Entre elas, iniciativas para o monitoramento de materiais hospitalares, otimização do gasto de energia, processamento e digitalização de processos de saúde, gestão de pragas agrícolas, entre outros.