Investimentos em infraestrutura podem ser decisivos para que, em cinco anos, Mato Grosso possa quase dobrar a produção de soja do Estado, reporta Felipe Montoro Jens

Há cerca de quase três meses a maior empresa de produção de alimentos da China, a Cofco Alimentos, anunciou que, em um período de cinco anos, pretende quase dobrar a compra de soja que é feita do Estado de Mato Grosso (MT). A declaração foi feita em uma reunião entre os diretores da companhia e o governador do MT, Pedro Taques, no início do último mês de novembro, dia 7. Entretanto, isso pode depender de investimentos em infraestrutura, destaca o especialista em Projetos de Infraestrutura, Felipe Montoro Jens.

Atualmente, a China importa cerca de 120 milhões de toneladas de soja. Desse total, 30 milhões é responsabilidade somente da Cofco Alimentos. Felipe Montoro Jens ressalta que, de Mato Grosso, a companhia chinesa compra cerca de quatro milhões de toneladas de soja – contudo, a ideia é ampliar esse número para 7,2 milhões. Para tanto, existe uma reivindicação por parte dos membros da Cofco – que o governo faça mais investimentos em infraestrutura, em especial, conclua a BR-163, uma das principais vias que colabora para o escoamento da produção nacional.

Para o vice-presidente e diretor executivo da Cofco Internacional, Jingtao Chao, o Estado localizado na região Centro-Oeste do Brasil trata-se de um importante local no que se refere à estratégia de crescimento do empreendimento – 13 dos 19 armazéns de produção que a empresa chinesa tem no Brasil estão lá, acentua Felipe Montoro Jens. O especialista em Projetos de Infraestrutura ainda acrescenta que, recentemente, foram adquiridas duas fábricas de óleo de soja em Rondonópolis – município da região Sudeste de Mato Grosso –  com anúncio de aumento da produção.

“Brasil e Mato Grosso são muito importantes na nossa estratégia. Queremos ser parceiros do Estado e quanto mais investirmos mais empregos iremos criar e mais impostos vamos pagar, o que vai beneficiar o Estado”, ponderou Chao.

O especialista Felipe Montoro Jens enfatiza ainda, que, segundo o governador Taques, o objetivo dos produtores é aumentar a produção, mas sempre preservando a qualidade e também com responsabilidade ambiental. Hoje em dia, Mato Grosso produz cerca de 30 milhões de toneladas de soja e esse número pode chegar a 50 milhões em cinco anos – mas, para isso, os investimentos em infraestrutura são indispensáveis. “Essa missão é muito importante para Mato Grosso. Estamos abrindo as portas para novos relacionamentos. A Cofco já mostrou seu interesse por nosso Estado e pode fazer de Mato Grosso o Estado plataforma da empresa no Brasil”, alertou Pedro Taques.

Já para o diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) – uma entidade representativa de classe, sem fins lucrativos – Wellington Andrade, conhecer mais de perto a empresa de alimentos que ocupa posição estratégica no mercado da soja é um aspecto muito positivo, reporta Felipe Montoro Jens.

“Em cinco anos, eles [a Cofco] vão praticamente dobrar a compra de grãos de Mato Grosso. É uma gigante do mercado e quer ter contato direto com os produtores. Além disso, também quer ser parceiro da Aprosoja no projeto Soja Plus, que orienta os produtores no cumprimento de legislação ambiental e trabalhista”, completou Andrade.

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