O governo mudou a sua previsão a respeito do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, tanto em relação ao ano passado quanto a este ano. A estimativa de expansão do PIB (que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) para 2019 passou de 0,90% para 1,12%. Já a previsão para 2020, é que esse percentual chegue 2,40% — a estimativa anterior era de 2,32%. As projeções foram apresentadas no Boletim Macrofiscal, divulgado pela Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Economia, no dia 14 de janeiro.
Conforme o documento, “os indicadores de atividade têm apresentado boas surpresas”, em especial, no que se refere às áreas de serviços, comércio e construção civil. O relatório afirma que diversos resultados superaram a expectativa de mercado, situação que justifica as constantes revisões para cima das projeções a respeito do crescimento econômico brasileiro para os anos de 2019 e 2020.
“No segundo semestre de 2019, a economia brasileira apresentou sinais mais fortes de recuperação do ritmo de crescimento da atividade. Houve aumento do emprego e da renda, com consequente redução da taxa de desocupação. A inflação manteve-se controlada, a despeito dos choques recentes, e os juros chegaram em seus menores patamares históricos. Com a melhora do desempenho macroeconômico, houve melhora das expectativas em relação à economia brasileira, que se traduziu em queda do risco-país e aumento da confiança de empresários e consumidores”, pontuou o Boletim.
O documento da Secretaria de Política Econômica ainda explicou que, também no segundo semestre do ano passado, uma importante parcela da retomada do crescimento no País veio dos estímulos dados por conta da liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) — que deve, inclusive, estender-se pelo primeiro trimestre de 2020. “Além disso, a criação do saque aniversário tem o potencial de mudar as perspectivas nos mercados de trabalho e crédito, impulsionando a economia nos próximos anos”, acrescentou o Boletim Macrofiscal. O documento também salientou que a redução das taxas de juros — que, atualmente, mantêm-se na mínima histórica de 4,5% ao ano — deve começar a mostrar efeitos na atividade econômica brasileira já no primeiro semestre deste ano, “especialmente a partir do segundo trimestre”.